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sábado, 12 de março de 2011

nuvens, estrelas e os grilos no jardim

          Faltam estrelas no céu; me parece algumas vezes. Faltam estrelas para preencher todo o horizonte vazio. Nuvens, elas são impertinentes. Cobrem o topo das montanhas, as linhas dos mapas, a visão das constelações... Mas elas me mantém alerta sobre a possibilidade de chuva. E tem chovido muito ultimamente. Não que eu esteja reclamando, mas toda aquela história de que a chuva renova a natureza vem se provando, ao longo dos anos, cada vez mais ilusória. Me desculpem o pessimismo, mas depois de tanto me decepcionar com o universo, acabei perdendo a capacidade de acreditar. Se as estrelas podem ter deixado de brilhar a bilhões de anos, apesar de sua luz ainda reverberar sobre o horizonte, então eu prefiro duvidar dos meus olhos. Tudo pode ser apenas uma miragem afinal de contas.
         É estranho como as palavras parecem se distorcer no papel após escorrer da minha mente. Estranho e às vezes até engraçado. Pode ser alguma maldição inexplicável essa prolixidade inevitável que permeia as linhas e as entrelinhas desses parágrafos. Isso me faz duvidar também do que eu escrevo, ou do que eu penso; afinal de contas eu não sei dizer ao certo o que é mais verdadeiro. Entre o concreto e o abstrato existe uma diferença maior do que a própria matéria. Talvez sejam apenas as contradições entre ideias e planos, sonhos e realidades... Conjecturas e fatos! Não desconfio das minhas mãos quando elas escrevem, desconfio do meu cérebro quando ele pensa. Eram as velhas e terríveis nuvens que flutuam em minha mente; ou pelo menos eu apenas pensava assim.
         Mas ainda não cheguei ao ponto que eu queria. E o mais triste é que talvez eu nunca chegue. Como eu disse, não há como evitar a discrepância de valores e significados entre o que eu penso e o que escrevo; entre o que eu vejo e o que eu sinto; entre o que eu percebo e o que eu entendo. Azul nem sempre é azul e flores nem sempre tem o perfume que nós esperamos que elas tenham. O mais bizarro é que isso vai além do universo egoísta enterrado em baixo das camadas e mais camadas (cada vez mais espessas) da minha pele. É provável que se estenda para além dos infinitos olhos e ouvidos das multidões, além do silêncio sepulcral das vielas abandonadas e do cinza triste dos quilômetros e quilômetros de cidades e estradas asfaltadas.
Talvez tenha sido o melhor dia da minha vida, quando descobri (ainda não sei se cedo ou tarde demais) que as contradições não estavam em mim, mas sim em todos os lugares onde eu ousava colocar meus pés.
         Foi um grande alívio; tirar o peso do universo das costas.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

society, have mercy on me...

I hope you're not angry if I disagree...

Certa vez acordei com um monstro me encarando. A princípio, fiquei como se espera que qualquer pessoa fique: aterrorizado. Eu mantinha sempre meus dois olhos abertos, vigiando, mas sem jamais olhar diretamente em seus olhos vermelhos e opacos. E ele lá permanecia, como uma gárgula sinistra, parado, impassível, silencioso... apenas o som pesado de sua respiração me fazia gelar. Era a bestial quimera, que se esconde sob a alcunha de sociedade.
Eu tentei me esconder. Ergui muros de concreto; portas de madeira e cortinas de linho: tudo sob a escuridão de uma lâmpada apagada. Mas ela veio atrás de mim pelas frestas da janela, pelas rachaduras da parede, pelo vão embaixo da porta... Ela me atingiu em cheio e me envolveu em sua mortalha negra e silenciosa. Contorci-me tentando me desvencilhar, mas eu era apenas uma criança, nada pude fazer senão ceder. Tornei-me um escravo, um reles escravo: um escravo que carregava consigo a eterna promessa de um dia ser livre.
Eu cresci. Agora eu tinha o poder, o poder de me erguer, de lutar, de insistir. Tinha o poder da rebeldia, da força de vontade. Eu tinha o poder, mas não tinha a coragem. Tentei ir à luta mas, quando ganhei minha primeira ferida, me escondi atrás de uma pedra; fiquei observando as nuvens passarem e meu sangue parar de escorrer. Mas elas não passavam. O sangramento não estancava. Baixei meus olhos. Foi quando eu vi a fila dos desvalidos, dos fracos e infelizes; e eles caminhavam acorrentados a uma pedra gigantesca. Não se ouvia sequer um ruído, nenhum suspiro, nem mesmo seus passos trôpegos sobre o mármore do altar de sacrifício produzia som algum. Ouvi meus pensamentos. Vi o brilho das correntes. Vi a quimera voando em círculos sobre minha carcaça. Vi o rastro escarlate se estendendo pelo chão. Eu tinha escolhas. Eu tive UMA escolha...
Olhei para o outro lado e não vi ninguém. Ninguém com o rosto nu, ninguém de peito aberto, ninguém armado, rodopiando no campo de batalha. Estavam todos quase mortos, desacordados, espalhados pelo chão. Eram as sementes do fracasso eminente dos que ainda viriam. Fechei meus olhos para tudo aquilo. Levantei e voltei para o campo de batalha. Eu cuspi meus pulmões em um grito de escárnio. O monstro pousou a minha frente e me encarou enfurecido; e também cada soldado do seu exército de mortos-vivos o fez, cada alma contaminada pela sua mordida imunda. Fique paralisado pelo medo, minha voz partiu definitivamente, deixando apenas o silêncio vão escorrendo pela minha boca. Caí de joelhos e implorei por sua clemência. Eu não podia lutar e não podia fugir, eu apenas podia oferecer minha alma em troca da minha vida. Senti então seus dentes fétidos perfurarem minha pele; e agora eu era apenas outro morto-vivo, tentando achar abrigo sob as asas da quimera.

Fizeram-me acreditar que homem algum jamais poderá ser livre.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

caminho pra eldorado

Nos dez minutos que transcorreram enquanto eu descia para o metrô, muita coisa aconteceu. Eu vi uns prédios altos, outros médios, outros térreos e algumas casas, e também barracos e acampamentos à sombra do viaduto. Vi um homem dormindo na calçada, uma mulher pedindo esmola, uma moça entregando um folheto no farol, uma mãe acompanhando seu menino, algumas pessoas num ponto de ônibus e algumas outras seguindo o seu caminho. Vi uns ônibus vazios, outros mais lotados, uns táxis parados e uma bicicleta no meio-fio. Vi um avião passar por entre as nuvens, uns carros entre outros carros, algumas motos roncando de escárnio e o silêncio vadio dum andarilho solitário. Vi uma calçada irregular formando ondas melodiosas, fachadas pintadas em tons de cinza frio; muros enigmáticos desenhando linhas sinuosas e uns passarinhos serelepes assoviando sobre os fios. Vi uma banca de jornal vendendo livros velhos, um boteco encardido, um homem recitando o evangelho e outro caminhando (parecendo perdido). Vi uma moça bonita, outra já nem tanto, uma falando no celular e outra lendo noutro canto.
Vi um cachorro dormindo sobre a relva, um banco de praça, um sujeito puxando um carrinho de mão, um catador de papel, alguns motoboys, algumas pombas (nenhuma branca), um chiclete grudado no chão, uma palmeira na esquina, um sinal aberto, um sinal fechado e até um sinal amarelo; umas infrações de trânsito, um quase atropelamento (além do meu), arquitetura moderna, arquitetura neoclássica, um café estilo barroco, uma lanchonete de rua, uma padaria que eu não conhecia, uma vidraça espelhada, uma janela quebrada, papéis de bala, uma garrafa vazia na sarjeta, uma árvore num canteiro, um cano de esgoto, uma tampa de bueiro, meu reflexo na porta de uma loja, uma doceria, um cara correndo, um cara sentado, um cara dormindo, um cara comendo, um cara com cara de mau e uma boutique vendendo roupas caras.
Vi o céu azul, o asfalto acinzentado, os troncos castanhos e as copas das árvores verdejantes. Vi alguém de vermelho, alguém de amarelo, alguém de preto e alguém de perto e alguém acenando ao longe para alguém atrás de mim. Vi uma lata de lixo, um orelhão, uma farmácia, um sebo, uma praça, uma igreja, uma chocolataria, alguém comendo chocolate; algumas flores, um pouco de sujeira e também ouvi a respiração pesada da metrópole...

Apenas pra chegar à conclusão de que eu odeio os biscoitos redondos, porque eles rolam pra debaixo dos móveis quando caem no chão...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

insomnia

      Alguém dormindo. Alguém dormindo, mas não sou eu. Uma, duas, talvez três da manhã. Meus olhos permanecem abertos, descobertos, vulneráveis aos meus inimigos mais improváveis: o invisível. Estou cansado, a carne pesa, a mente trambeca, os sonhos vem e vão amparados pela insensatez da consciência. São estéreis, frios, e me enojam, porque são as únicas coisas capazes de me traduzir. Eu observo seus olhos me observando; e eles giram, eles se distorcem, eles se dispersam em nuvens de insetos, e eles brilham feito a lâmpada de um farol distante. Alguém dormindo esta noite. Alguém dormindo, mas não sou eu.
         É a primeira, a segunda, talvez a terceira noite. Ninguém se importa, e às vezes eu duvido que eu me importe. Meus olhos pesam; pesam, mas não fecham. E eu me contorço, me reviro, sento-me e levanto; deito outra vez. Ah! Maldito travesseiro de concreto! Lençóis de navalha, cobertor de urtiga...! Não me deixam esquecer nada. Não me deixam esquecer o que eu quero esquecer. O que eu preciso esquecer. Meu cérebro se enche de retalhos de pensamento, que crescem e se espalham feito cogumelos: em qualquer recanto úmido ou qualquer alcova mal iluminada dentro da minha cabeça.
         Revejo minutos e mais minutos do dia que se foi. Passos avançados, passos recuados, passos não dados... E agora tudo é passado. Meu braço formiga com a saudade do que não aconteceu, e meu peito se conforma com o que aconteceu. Olho para o relógio, menos de três quartos de hora se foram, mas eu ainda estou aqui. Ainda estou esperto, desperto, incerto sobre o tempo que se perdeu, sobre o tempo que perdi. Tento contabilizar os troféus, minhas medalhas empoeiradas que me enchem de orgulho e tristeza. São tão poucas e sem brilho...
         A realidade se torna intermitente. Cambaleio entre os sonhos e a luz da lua brilhando pela fresta da janela. Me pego preso entre a ilusão de estar vivo e o desejo de não estar; não naquele instante. E de repente a noite é tão interminavelmente transitória; eu me sinto infinito em um universo microcentesimal... Minha mente se silencia enquanto eu deslizo vagarosamente em direção à inconsciência.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

memórias de uma gota de orvalho

Madrugada fria. Pelo menos o fim dela, que é a partir de onde eu consigo me lembrar. Além dessas folhas verdes que se erguem ao meu redor, vê-se apenas a corpulência leitosa da neblina a dissolver as luzes brancas, amarelas e laranjas dos faróis dos automóveis e das luzes da cidade a despertar. O silêncio devastador vai lentamente dando lugar ao barulho autômato e metálico do dia. As luzes começam a pipocar pelo ar, formando letreiros luminosos a escrever breves poesias ininteligíveis, conforme as casas vão sendo lentamente abandonadas por Morfeu. Estremeço com a brisa que passa por mim. Madrugada tão fria...
         Encaro o horizonte distante, escuro, e meus ouvidos frios suspiram ao ouvir o sussurro melancólico da brisa atingindo as folhas. Sobre minha cabeça um fruto, o qual não consigo identificar, pende taciturno, como que me observando, contando silenciosamente os segundos até que despenque sobre meu corpo cansado. Oh, o cansaço! Que demônio mais sedutor! Amigo do tempo, inimigo do resto. Vem me abraçar sorrateiramente, sorrindo, dizendo palavras doces, desenhando com seus tocos de carvão as pinturas mais belas em frente aos meus olhos. E meu corpo desliza lânguido pela folha onde repousa. Me sinto pesado. Oh, como pesa! Toda a gravidade de uma madrugada vem dançar sobre mim.
Ouço minha própria voz me desejando bons sonhos. Pela primeira vez vejo o chão e percebo como ele está longe de mim. Me vejo caindo. Caindo lentamente, quebrando o ar ao meu redor feito uma navalha abrindo caminho por uma tela de linho. Queda interminável. Tudo ao meu redor se converte em um único borrão macilento, lívido como a lua, fugaz como todo o resto. Penso na colisão iminente. Sinto-a. E até sonho com ela. Imagino como eu me sentiria, o que viria depois. O pânico se torna curiosidade. Curiosidade sem coragem; olho para baixo e estremeço com a vertigem. Recuo um passo, dois, e me pego novamente confortável na mesma posição onde sempre estive.
         Ergo meus olhos e vejo o céu se tornando cada vez mais e mais azul, mais e mais anil, mais e mais ameaçador com sua pureza insípida e impassível. A cidade desperta de seu sono pesado. Aqui e ali os ruídos se multiplicam e se intensificam. Morre o silêncio, morre uma parte do tempo e com ela vai meu conhecimento de tudo que existe. Minha sabedoria prova-se falha e perecível. Um mundo de novidades aparece diante de meus olhos frios, mas eles já estão cansados de enxergar; eu estou cansado de pensar o que eles enxergam. Tudo a minha volta não passa de novidades desgastadas, rotas, truncadas. Tudo é tão miseravelmente patético e belo.
Madrugada tão fria aquela... aquela que mora dentro de minha lembrança. Aquela que se fora tão inexplicavelmente quanto chegara. Agora o sol se ergue atrás da serra, trazendo consigo minha sentença de morte. Eu me deito serenamente sob sua luz.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

you know who i am

... You’ve Stared at The Sun.
            Certa vez meu professor de espanhol resolveu traçar breves perfis de seus já entediados alunos. Um a um, ele foi descrevendo com poucas palavras e quase nenhuma razão. Eu, 14 anos, calado, cabeludo, no fundo da sala, estremeci quando ele apontou para mim. Olhei para seus olhos distorcidos atrás dos óculos e notei o suor escorrendo pela cabeça careca. Todos se viraram para mim quando ele disse que não sabia dizer nada sobre mim e que, aparentemente, eu era uma incógnita. Vi um grande "x" na minha cara e voltei pra casa pensando. A idéia me encantava, era como um daqueles cowboys intrépidos dos filmes, com expressões faciais ilegíveis. Mas por mais deleitoso que aquele pensamento fosse, eu na verdade não era incógnita alguma. Eu nunca fora.
          Eu sei que disse que não falaria de mim, mas é preciso que eu me justifique, do contrário, esse blog simplesmente não tem sentido. Afinal, ele perde a razão de existir, quando sua principal função é contraditória a conduta de quem o escreve. Afinal o que se espera ouvir de alguém que não tem nada a dizer? Se a resposta for nada, então esse blog não falará de nada. E para falar de nada eu não preciso de um blog... eu não preciso de nada. Esse é o porquê desse post: dizer que, ao contrário do que deixo transparecer, eu tenho algo a dizer.
            Mas passando por esse parágrafo metalinguístico, podemos continuar na estrada principal, sem mais desvios. Já me perguntaram incontáveis vezes o porquê do meu eterno silêncio. Nunca soube responder, e ainda não sei; mas sei que não faz diferença, de onde observo o mundo, pelo menos para mim. Acredito que as palavras tem vida, mas não uma vida simplória e breve como a nossa, acredito que as palavras foram feitas para durar eternamente, ou pelo menos pelo maior tempo possível. E as palavras ditas se desintegram no ar, com a mesma velocidade que passa o segundo em que elas foram ditas. E a única maneira de elas permanecerem é sendo gravadas na memória de quem as ouve ou no papel de quem as escreve. Mas isso raramente ocorre...
E essa é a razão pela qual eu troco a distância entre minha boca e seus ouvidos pela distância entre meus dedos e seus olhos. Admito a hipocrisia de blogar o segredo do meu próprio disfarce: o “x” sobre meu rosto que, muito recentemente, percebi que sempre esteve pelo lado de dentro. Mas isso são apenas palavras que não precisam desaparecer, não cedo demais. E na falta de uma boa frase de encerramento, eu me limito à praticidade das reticências...

sábado, 18 de setembro de 2010

outpost: uma visão geral

         Há dois anos, em julho se bem me recordo, três amigos rabiscavam num guardanapo uma ideia que em breve desabrocharia em um blog conjunto. Após trocas e mais trocas de e-mails, discussões sobre o que trataríamos em nossos posts e inúmeras linhas escritas e apagadas, criamos o “pensapraquê?”. Postávamos o que considerávamos necessário ser postado, mas nunca com a certeza de estar dizendo o que de fato deveria ser dito. Nada de anormal, ninguém escapa às incertezas de quem escreve, especialmente aqueles que escrevem para uma plateia. Durante um ano estivemos na ativa, mas cada vez desacelerando, segurados pela implacável lei da inércia. Constatamos (desta vez em torno de uma mesa de bilhar) que havíamos nos tornado espectadores do nosso próprio espetáculo e, o que eu pessoalmente considerava ainda mais deprimente, críticos dele. Fechei, entre sucessos e fracassos, definitivamente o “pensapraquê?” às 21h30 do dia 18 de setembro de 2010, enquanto escrevia este texto.
         Confesso que até achei engraçado destruir algo no exato instante em que construía outra coisa. Mas acho que assim que as coisas são. Enfim, o tempo passou para aqueles três, ainda adolescentes, escrevendo sonhos em guardanapos. Todas as novas obrigações atropelando umas as outras sem qualquer ordem, num caos inevitável, situado no atribulado caminho entre nascer e morrer, nos tornava, de certa forma, inválidos quando sentados em frente ao teclado. Bem, talvez não entre pontos tão distantes na reta. Talvez entre a bolinha fechada de sonhar e a bolinha aberta de pensar. Ou apenas entre a difícil decisão de escolher entre ser infeliz pensando ou ignorante sonhando.
          Apresento a qualquer um que deseje ler o que eu tenho a escrever, esse novo blog. Não tratarei de lamentações pessoais que nunca tem fim, nem de assuntos jornalísticos, afinal, não sou jornalista. Não falarei de como as zebras parecem estúpidas com aquelas listras impressas nas costas, nem de como as pessoas parecem ainda mais estúpidas com logomarcas (e falsas ideologias) pintadas nas costas. Não farei críticas a tudo e a todos, como aparentemente virou moda na internet, simplesmente porque eu não me importo. Eu (e isso eu repito) só direi o que considerar que deve ser dito, embora eu nunca tenha certeza. 
          Concluo agora este post com o seu objetivo ainda mais obscuro do que quando eu comecei a escrevê-lo. Mas isso é tão importante quanto a bituca de cigarro em que eu pisei um dia desses.
          Isso é tudo. Aliás, ainda falta descobrir o que precisamos fazer para se preencher os espaços vazios.

          Aos meus raros e importantes amigos: muito obrigado.
          Aos meus invisíveis inimigos: a gente se vê.
          E ao resto do mundo: ao diabo que te carregue.